Um pânico de se perceber pertencente de uma liberdade branca...
Então Hoje tranquilamente recebi a incumbência de ir ao mercado após o trabalho. Até aí tudo bem, faz parte do meu dia-a-dia de pandemia. Entrei no mercado, recebi do atendente que limpa os carrinhos um recém passado álcool, e após as cordialidades que atualmente tenho me esforçado para serem mais presentes nas comunicações, coloquei minha bolsa no carrinho e entrei... comecei a andar pelos corredores conferindo a lista de compra que está no celular, e a bolsa que tenho fica aberta depois que tiro o celular dela. depois de alguns minutos, começo a ter a necessidade de ir ao banheiro, e prontamente pensei, deixo o carrinho neste corredor (uma parte não movimentada do mercado) e vou saindo do mercado em direção ao banheiro, que fica quase na porta de saída. Sem pensar muito coloco meu celular de volta na bolsa e vou saindo... entro no banheiro. Quando estou lá, sentada, percebo que naquela simples situação de urgência orgânica, uma pessoa preta não teria saído do mercado sem ter sido