Sentindo-se menos que nada num mar de lava

Tem dias que você faz o que tem que fazer. Não que você queira.
Se você pudesse, agora estaria dentro de casa, de pijamas, não teria nem ligado a tv, só olhando os movimentos da rua pelas frestas da cortina. Não teria atendido o telefone, nem a campanhia.
Quem pudera hoje não ter que levar os filhos pra escola, preparar o almoço, trabalhar... quem dera não precisar falar com niguém, explicar o silêncio, a cara pálida, o desânimo.
Porque é passageiro, você sabe que é, mas ninguém te dá tempo de vivenciar o silêncio, a falta de vontade.
Você tem que ser, ser, ser, fazer... não pode o não.

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